domingo, 20 de julho de 2014

Redemoinho de amizades

Olhei pela janela e uma das pessoas mais generosas que conheci, carregava todas as latas que eu havia juntado no inverno quebequense pra fazer a "recoup", ela veio da Espanha.

Isso me fez lembrar do meu primeiro amigo, nos conhecemos aos 5 anos de idade e do meu amigo mais próximo em Petrolina. Automaticamente, me veio à mente a imagem do meu grande (em todos os sentidos) amigo de Recife e de nossa cumplicidade. Num piscar de olhos estava em Québec novamente e lembrava do amigo americano com quem tinha tido uma das conversas mais profundas da minha vida há apenas algumas horas e, com ela, o amigo iraniano. Me remeti ao meu irmão, meu amigo de toda a vida (pelo menos a dele que é mais jovem que eu) e de como estivemos longe-perto. Fui à São Paulo e lembrei da minha amiga de andanças, voltei ao Recife e ao amigo que pouco encontro recentemente, mas que está sempre na minha memória. Fui à Petrolina ao encontro da minha amiga do whisky e seu filho (meu amigo-criança). Pisquei os olhos e estava em Recife novamente com meu amigo-tutor de música. Viajei à Nova Iorque à noite em que vi dois Beatles tocando juntos com minha adorável amiga (my love) e depois retornei à casa do meu amigo em New Jersey. Já estava em Québec e às conversas agradáveis-intermináveis com meu amigo mexicano, fui à Inglaterra e lembrei do desabafo do meu amigo inglês e, em seguida à Olinda, onde estava a infância com meu pai-amigo, o que me levou à lembrança dos meus tios-amigos, muito próximos na minha adolescência. Fui então ao mercado da Boa Vista e aos amigos da faculdade recordando os amigos professores e os demais amigos que não tenho mais contato e, em seguida, estava em Petrolina recebendo amigos queridos em minha casa. Meus amigos peruano e colombiano me recebiam de braços abertos no Canadá e eu olhava pra cima e lembrava dos tempos do curso de inglês e dos grandes amigos que ali fiz, automaticamente estava no Ensino Médio (antigo científico) e próximo aos três queridos amigos que, pelos desencontros da vida, mantenho contato apenas com o bluseiro. Pensei na Ilha de Fernando de Noronha e na Alemanha, onde estão duas queridíssimas amigas. Já estava novamente em São Paulo com minha amiga-irmã, que "conheci" em 2007 e de volta à Recife com alguns amigos do mestrado. De lá, voltei à minha infância e à lembrança da minha querida prima e dos meus primos, que são os melhores que a vida pode te dar. Voltei à São Paulo, onde estão as queridas primas e primos e, de lá, Paulo Afonso. Já estava então no meu primeiro emprego, num almoço, onde o companheirismo a e amizade rompiam a barreira do trabalho e na minha estréia como professor universitário, onde a sinceridade estava acima da falsidade. De volta à Québec, encontrava minhas amigas francesas e, no mesmo idioma, minha a amiga quebequense. Voltei ao fim dos anos 90 e aos amigos que fiz na Internet e até as ex que não se tornaram amigas. Estava então com meu amigo que se foi muito cedo e depois lembrei do meu amigo-primo-sobrinho que tem uma vida pela frente. Me veio a imagem do ex-amigo e dos amigos que achava, ingenuamente, que tinha. Na memória também estavam os colegas do trabalho que se tornaram amigos, assim como os ex-alunos que hoje são amigos. Lembrei também do ano 2000, onde conheci minha amiga-companheira que está comigo até hoje, o que me remeteu ao casal de queridos amigos e minha adorável afilhada.

Dei uma pausa, respirei um pouco e lembrei da minha amiga-mãe que sempre me apoiou não importa o que eu fizesse e, no maior amor do mundo, lembrei da minha amiga-filha e o momento lindo que foi sua chegada ao mundo e imaginei tudo que ainda vamos viver...

Olhei novamente pela janela, pessoas que eu não conhecia agora andavam pela rua...


Isso aconteceu em 5 minutos no dia 1 de maio de 2013, Bridge Over Troubled Water com Simon & Gurfunkel tocava...

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